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José Maria Pedroto (Figura do Leixões)

José Maria Pedroto é reconhecidamente um dos maiores vultos do futebol português, quer pela excelente carreira que protagonizou como futebolista na década de 50 do século passado, quer, em especial, pela carreira que realizou como técnico, sendo que é para muitos considerado, ainda hoje, como o melhor treinador de sempre do futebol português.

O seu nome ficará para sempre ligado a história do futebol em Portugal, como sendo um dos grandes responsáveis pela profunda alteração geográfica ocorrida no mapa futebolístico nacional, nomeadamente, acabando com a hegemonia dos dois grandes clubes da capital na conquista das principais competições, ou com a preponderância dos clubes da zona sul, que invariavelmente passaram a estar em minoria na 1ª Divisão Nacional, em relação às equipas sedeadas na zona norte.

Foi protagonista em vários clubes nacionais, especialmente nortenhos, assumindo um relevante papel na afirmação nacional de equipas como o Varzim SC, o Boavista FC, o Vitoria de Setúbal, ou o Vitoria de Guimarães. Mas seria no FC Porto, especialmente ao lado de Jorge Nuno Pinto da Costa, que José Maria Pedroto empreenderia a maior transformação, levando a principal formação da cidade invicta a conquistar os títulos nacionais que sucessivamente teimavam em fugir para os clubes da capital, ou projectando e implantando a organização interna que ainda hoje prevalece no FC Porto, reconhecido presentemente como um dos maiores clubes do mundo.

José Maria Carvalho Pedroto, nasceu no dia 21 de Outubro de 1928 na freguesia de Almacave, no concelho de Lamego. Segundo reza a história de Portugal, Almacave foi o local onde D. Afonso Henriques realizou as primeiras Cortes para a fundação do nosso país. Talvez imbuído do mesmo espírito do nosso primeiro Rei, também José Maria Pedroto iria tornar-se um conquistador no futebol português.

Filho de um militar, Capitão do Exercito português, Pedroto deixou aos 7 anos de idade o interior de Portugal e rumou ao Porto, para onde seu pai foi colocado para prestar serviço num quartel desta cidade.

Com 10 anos de idade foi viver com a família para a zona de Pedras Rubras, onde, juntamente com um grupo de amigos, fundou o FC Pedras Rubras, clube onde exerceu o cargo de Presidente e foi naturalmente o capitão da equipa de futebol.

Seria no Leixões SC, a partir de 1946, que começaria a praticar futebol, digamos que mais a sério, na equipa de juniores leixonense, já com 16 anos de idade bem vividos. Aí começou a deslumbrar com o seu potencial futebolístico todos aqueles que assistiam as partidas da jovem equipa da cidade de Matosinhos. Actuava preferencialmente a meio campo, numa posição que naquela época se apelidava de interior.


(Pedroto nas camadas jovens do Leixões SC)

Pedroto era um miúdo cheio de talento, mas ao mesmo tempo um pouco sobranceiro, o que lhe valeria fortes reprimendas do seu técnico, que lhe serviriam de lição para o futuro de reconhecido técnico disciplinador. Conta Pedroto um episodio da sua carreira de miúdo no Leixões: “No final de um jogo disputado no Bessa, a certa altura pedi a bola ao guarda-redes, driblei quantos adversários me apareceram pela frente, incluindo o guarda-redes contrário e, sozinho, parei a bola em cima do risco da baliza. Ufano, puxei os calções, alisei o cabelo e, cheio de sobranceria, toquei o esférico com o calcanhar para dentro da baliza. No fim do desafio os colegas levaram-me aos ombros para as cabinas. Mas o treinador Armando Martins pregou-me um sermão que até me fez chorar. Nunca mais esqueci essa lição de que um futebolista deve jogar para a sua equipa e não para a galeria”


(Pedroto ainda Junior na equipa do Leixões SC)

Ainda jogou na equipa sénior do Leixões SC, na categoria de reservas, num clube que representou até ao final da época de 1948/49. Um ano antes de ingressar no Lusitano FC, José Maria Pedroto esteve com um pé no GD Estoril Praia, comandado pelo húngaro Janos Biri que aconselhou veementemente a contratação do jovem meio campista. Pedroto ainda chegou a treinar ma Amoreira, mas a transferência não viria a concretizar-se porque o Leixões SC exigiu muito dinheiro.

Chegada a hora de cumprir o serviço militar seguiu para o Algarve ingressando na Escola dos Sargentos Milicianos de Tavira. Era já famoso aquele miúdo que vinha do norte, de forma que ao abrigo da Lei Militar integrou a equipa do Lusitano FC da cidade de Vila Real de Santo António, que naquela altura militava na 1ª Divisão Nacional, com um contrato de 100 escudos por cada vitoria alcançada, 60 escudos por um empate, e auferindo somente 20 escudos em caso de derrota.


(Selecção Nacional)

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