Acusam Câmara de dívida.
Agentes afirmam que em alguns casos as dívidas chegam aos mil euros.
Os agentes da Polícia Municipal (PM) de Matosinhos queixam-se de não receber o pagamento das horas extraordinárias há seis meses. A dívida chega, em alguns casos, a cerca de mil euros e está a gerar revolta no efectivo policial. Contactado pelo CM, o comandante da Protecção Civil, Salgado Rosa, desmente a acusação e diz que apenas os subsídios de fim de Março e Maio estão em débito, mas ressalva que o é "a pedido dos próprios agentes, devido aos descontos mensais que fazem".
A versão dos polícias municipais é bem diferente. "Desde Fevereiro que não nos pagam. A justificação que nos deram foi a de que com a mudança de lei, que entrou em vigor em Janeiro de 2009, é necessário lançar os mapas do pessoal, no início do ano, e que isso não foi feito", disse um agente da PM.As fontes ouvidas pelo CM afirmam que o conflito entre os agentes e a hierarquia se agravou na passada segunda-feira, quando numa reunião com o coordenador-principal da PM, António Gil Vaz, o problema foi colocado."A resposta fez-se em tom de ameaça. Disse-nos que se levantássemos muitas ondas, ficaríamos sem subsídio de turno, o que representa 25 por cento do vencimento. Para os agentes mais novos, que ganham muito mal, é uma forma de pressão muito grande", revelou a fonte. "Sentimo-nos descriminados", acrescentou.O comandante Salgado Rosa responde com surpresa. "Não temos problema em pagar, como nunca tivemos. Estou muito surpreendido com essas acusações porque foi a pedido deles que não pagámos ao ser alertados para a sobrecarga fiscal", salientou. Ao que apurámos há já agentes que estão a negar fazer horas extraordinárias, o que está a gerar complicações a quem faz o escalonamento do pessoal.PORMENORES46 ELEMENTOSO efectivo da PM de Matosinhos é de 46 elementos.FERIADOSOs agentes queixam-se ainda de discriminação pelo facto de o trabalho em dia de feriado não ser pago a 200% e de não terem direito a um dia de folga.SERVIÇOS IMPORTANTESSalgado Rosa diz que não há recusas a fazer horas extraordinárias. "Eles até pedem, porque é uma forma subir os ordenados baixos."Notícia do Correio da Manhã
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