Morreu o "Grande" Betuxo Magalhães.

Acabei de chegar a casa e o meu pai deu-me a triste notícia. O meu amigo Betuxo morreu.

Eu acho que pessoas como o Alberto Magalhães (filho) não morrem. Todos vamos manter bem vivas as memórias do que com ele vivemos ou pelo menos, as que vivemos nos espaços que ele criou ao longo de cerca de 30 anos e que sempre primaram por a inovação e a genialidade do seu mentor.

No meu caso pessoal, morre um amigo de sempre, de família.

Obrigado Betuxo por me teres permitido ter uma adolescência mais rica.

Ao pai Tio Alberto e ao irmão Paulinho bem como à restante família, as minhas condolências que espero amanhã poder transmitir pessoalmente.

Aqui fica um pouco de Betuxo na 1ª Pessoa, uma entrevista que encontrei na Net:

Alberto Magalhães, mais conhecido por Betuxo é um dos empresários da noite mais conceituados e é mesmo considerado por muitos como o verdadeiro “guru da noite”. Na invicta foi o pioneiro das míticas Ladies Night, que fazem parte de quase todas as casas nocturnas. Betuxo já leva quase 30 anos de experiência e faz um balanço bastante positivo destes anos de trabalho, apesar de considerar ter dado mais à noite, do que ela lhe deu a ele. Betuxo é um visionário, e como qualquer bom empresário, encara a noite como um negócio que deve ser lucrativo, por essa mesma razão não dá um passo sem ter a certeza até onde pode ir. Os projectos já são alguns, até porque, segundo o empresário, “parar é morrer”, mas por enquanto ainda não os revela por uma questão de ética, de estratégia e como se costuma dizer, “o segredo é a alma do negócio”.
Como é que foram dados os primeiros passos na noite?
Comecei na noite porque comecei a beber uns copos muito cedo. Tinha uns amigos que já tinham idade para serem meus tios (risos), embora fossem pessoas que nunca me deram «sopa de vinho», nunca me embebedaram. Mas, a partir dessas saídas ganhei uma paixão pela noite e pelos copos. Acho que isso também se deve um pouco à educação rígida, mas extremamente consciente que tinha em casa, e comecei a sair cedo porque ia acompanhado de amigos muito mais velhos.
E como tem sido o seu percurso?
Já estou neste meio há 27 anos, vai fazer agora em Março. Na altura, comprei um barzinho chamado «Le Bistrot», o qual mais tarde e após algumas modificações, se veio a chamar «Bib’o Porto». Nessa altura provocou uma autêntica revolução social, que marcou a cidade do Porto.
Desde aí corri o país inteiro, desde Caminha a Faro, percorri centenas de casas… Passei por periferias, pelo «Vício do Álcool», «Locomia», «Trigonometria»...
Mas acho que o meu curriculum fala por mim. Prefiro que os mais velhos puxem pela memória (risos), e, se essa for positiva, que a transmitam aos mais novos, pois já servi algumas gerações nestes 27 anos de dedicação à noite.
Mas tudo o que tenho feito não foi só mérito meu, mas sim de muita gente que felizmente me acompanharam nas alturas certas. Não vou enunciar nomes porque tenho medo de pronunciar alguns e me esquecer de outros, assim como, não quero ter de falar de outras pessoas que me desiludiram muito. Embora tenha um regozijo muito grande de ver agora certas pessoas na noite, que começaram comigo. Como dizia Vinicius de Moraes “A vida é arte do encontro”, e eu felizmente encontrei e continuo a encontrar muita boa gente nos dias de hoje e por isso fico contente.
No Portal da Noite

Até sempre "GRANDE"...

Quem se irrita com as críticas está a reconhecer que as merece. (Tácito)