A Junta de Freguesia de Matosinhos vai inaugurar sexta-feira uma creche nocturna gratuita com capacidade para acolher cerca de quatro dezenas de crianças, entre os seis meses e os 10 anos.
Esta iniciativa, que o presidente da autarquia António Parada, considerou inédita e inovadora a nível nacional, visa prevenir e evitar situações penalizadoras para as crianças, nomeadamente abandonos pontuais por involuntário desleixo ou desatenção dos seus pais.
Pretende ainda reforçar e consolidar os laços conjugais e, simultaneamente, dinamizar a economia social da freguesia que, com cerca de 50 mil habitantes, é a maior de Matosinhos.
Lusa / via Visão
Já aqui abordei este tema, aquando da promessa de António Parada em criar este serviço na Junta de Freguesia de Matosinhos.
Eu sou um dos casos a quem esta medida poderá vir a beneficiar, tenho dois filhos pequeninos e não tenho, familiares ou amigos com quem os deixar para poder sair com a minha esposa a dois.
Louvo por isso a iniciativa na sua vertente macro (a ideia em si). Conheço o António Parada e não acredito que pudesse ter a atitude leviana, de se lançar neste projecto sem a almofada de um estudo devidamente credível e desempenhado por pessoal qualificado. No entanto e como São Tomé, gosto de "ver para crer" e vou aguardar acima de tudo, as opiniões de quem usar o serviço, para então o passar a usar ou não.
Há uma realidade nova que os empresários de alguns ramos de negócio, teimam em não aceitar. As creches e jardins de infância não acompanham os novos horários laborais, ou acompanham com valores elevadíssimos de prolongamentos (a criança ficar para lá do horário estipulado). Hoje são raras as pessoas que saem dos seus empregos antes das 19h ou mesmo 19.30h, se a isto juntar-mos o tempo de deslocação entre o emprego e a escola (na dos meus filhos, temos que os ir buscar até às 18.30h) fica praticamente impossível cumprir horários. Quer eu, quer os amigos que têm filhotes pequenos e até nas conversas com os meus clientes, me apercebo das dificuldades que as pessoas enfrentam para conseguir lidar com os horários dos infantários e creches. Os avós de antigamente, estão a rarear porque a idade de reforma está a aumentar e começa a ser difícil ajudar, eles próprios não têm a disponibilidade que desejariam.
Se a todas estas dificuldades e custos, somar-mos um serviço de Baby Sitting de 15 em 15 dias, para ser poupadinho. A saída a dois, tem que ser até à porta das marisqueiras para arrumar uns carritos e ganhar algum para pagar isto tudo.
Louvo por isso, a iniciativa do António Parada. Faz parte das obrigações dos eleitos locais, auxiliar as populações que os elegem.
Deve ser uma prioridade do novo executivo camarário, criar condições para que os pais possam deixar as suas crianças em escolas públicas com preços que possam suportar e horários adaptados às novas necessidades.
Matosinhos cada vez mais, vive de empregos em serviços que têm horários muito complicados. Não basta abrir IKEA´s, SHOPPING´s, DECATHLON´s, LEROY MERLIN´s, entre outras mega lojas que irão abrir em breve. Mais os restaurantes, comércio tradicional e hospitais públicos ou privados. É urgente começar a pensar na vida das pessoas que trabalham nestes espaços.
Abraço
Para além da notícia na Visão que não foi a tempo de ser corrigida, talvez seja bom consultar também a noticia do Expresso online da mesma data. Aí passará a perceber o "estudo aprofundado" que foi feito sobre a medida. A ignorância é tanta que nem sabiam que para abrir uma creche é necessário o respectivo licenciamento. Neste país ainda há regras. Esperamos todos que se cumpram. Os políticos devem ser um exemplo de cumprimento de regras e, já agora, de conhecimento das mesmas quando se propõem implementar medidas que as exigem.
ResponderEliminarDepois de um pedido de esclarecimento que chegou ao Centro Regional de Segurança Social, entidade licenciadora e fiscalizadora destes espaços, ao Sr. Presidente da Junta não lhe restou outra saída que não fosse "emendar a mão" e mudar o nome à pressa para Ludoteca nocturna.
Os cuidados prestados a crianças obedecem a regras estipuladas em forma de lei às quais os empresários do sector TÊM que obedecer. Cabe ao poder político mostrar sensibilidade para com os constrangimentos do dia-a-dia da vida moderna para quem trabalha e adaptar as regras (leis) que permitam, tanto ao sector publico como privado, agilizar soluções que permitam às famílias mais segurança nos cuidados prestados às suas crianças. Os empresários do sector agradecem.
A ideia é brilhante já lá deixei o meu filho está fntastico, parabens!!!
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