Portugal enfrenta os mais graves números do desemprego dos últimos 23 anos. Confrontada com os dados, a ministra do Trabalho e da Solidariedade Social declarou estar “surpreendida”; que “não esperava que fossem tão elevados”!
Somando aos 548 mil desempregados “oficiais”, os mais de 183 mil desempregados “reais”, chegamos ao
terrível número real: cerca de 730 mil pessoas não encontram em Portugal uma oportunidade, 450 novos desempregados/dia.
Em 2003, Sócrates considerava que 6,7% de desemprego era “a marca de uma governação falhada”; em 2004 declarava que 7.1% de desemprego era um “valor trágico”, que já há muito deveria ter feito soar “campainhas de alarme”. Mas ao primeiro-ministro não soaram campainhas de alarme quando, em Fevereiro, se atingiu o segundo maior pico de desemprego dos últimos 30 anos. Até disse que os números eram “animadores”; que a economia continuava “a crescer e a criar emprego”! Em Maio, ia a taxa de desemprego em 8.3% e afectava quase 500 mil pessoas, não soaram campainhas de alarme ao Governo que, pelo contrário, antecipava uma “reanimação da economia para os próximos meses”. Garantiam até que a crise estava a ser “menos negativa para o emprego do que a recessão de 2003”. Nem soaram campainhas de alarme quando a CE previu 545 mil desempregados para 2010. Previram, pelo contrário, que o desemprego iria descer até ao fim de 2009. E em Agosto, ultrapassado o meio milhão de desempregados, o Governo afirmou que em 2010 os números iriam melhorar e que não atingiríamos os 10% de taxa de desemprego.
Está à vista: vamos a caminho dos 10% de desempregados oficiais e já superamos essa barreira em termos reais.(...)
(...) urge criar uma majoração de subsídio de desemprego para os agregados em que mais de um elemento está desempregado e encontrar uma solução para essa grande fatia de desempregados acima dos 45 anos, a quem a sociedade não dá uma segunda oportunidade. São “velhos” demais para um novo emprego e são “novos” demais para aceder à reforma. Arriscam-se a ficar sem emprego, sem salário, sem subsídio e sem reforma.
Excerto de um artigo de opinião no Jornal de Leiria (infelizmente, sem o nome da autora na Foto ao lado)
Excelente texto e infeliz retrato da realidade que temos.
Meditemos um pouco.
ResponderEliminarPrecisamos de mudar mentalidades, é urgente acabar com as desigualdades:
Poucos...com muito.
Muitos...com pouco.
Saudações Marítimas
José Modesto
Natal é quando a gente quiser.
ResponderEliminarAssim, pede-se á CMM que disponibilize aos mais necessitados o Cabaz do Natal.
Neste período, em que o desemprego afecta milhares de famílias, a CMM dá o
exemplo fornecendo aos mais carenciados um Cabaz do Natal.
Nada que não se possa fazer, basta ter vontade, os Matosinhenses agradecem.
Saudações Marítimas
José Modesto
É verdade José Modesto. O problema em Matosinhos é que todas as ajudas vão parar aos mesmos. Desde o RSI, casas camarárias, auxílio alimentar, etc. Os beneficiados com esses apoios andam em bons carros, lancham em confeitarias e fazem as refeições em restaurantes. São considerados pobres porque vivem na economia paralela e não declaram vencimentos nem pagam impostos. Gostava de ver a Policia Municipal (e também a PSP) a identificar e cruzar os dados com a Segurança Social, das vendedoras de peixe na rua (uma há uns dias, disse-me que faz 50€ por dia e vai para casa), os biscateiros nas obras, as empregadas das empresas de limpeza. Há gente a trabalhar em Espanha e em outros países e a receber RSI cá, enquanto os desempregados teem que fazer apresentações quinzenais.
ResponderEliminarO maior problema disto, é que os políticos no poder sabem de tudo, mas não interessa mexer. Esta gente é quem anda com eles ao colo nas eleições. São os alimentados do regime. É o PS Matosinhos...
Ainda recentemente tive a oportunidade de estar numa grande cidade Europeia Amsterdam .
ResponderEliminarÚnica em tudo, surpreendeu-me a excelente rede de transportes públicos.
Assim, gostaria de lançar este repto:
Será que a nossa cidade, Matosinhos, sim aquela plantada á beira Mar
possui uma boa rede de transportes públicos?
Saudações Marítimas
José Modesto